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quinta-feira, 22 de julho de 2021

APRENDENDO SOBRE COLOIDE METÁLICO PARA NÃO SER MAIS ENGANADO

 

Ao aprender um pouco sobre sistemas coloidais você vai deixar de ser enganado por vendedores inescrupulosos e de pouco conhecimento sobre Química e sistemas coloidais.

Você precisa entender que, repórter, leigo, médico e terapeutas não são químicos e pouco entendem sobre formulações coloidais e métodos de produção, mas nada impede de se ter a humildade e o interesse de aprender e ensinar aos clientes da forma correta para que não se envenenem com prata iônica, aquela transparente que muitos vendem. E há químicos que não tem profundidade de conhecimento em sistemas coloidais, provavelmente um químico industrial, sim.

Assim, resolvemos ir além de falar sobre prata e tentar ensinar a vocês de forma didática o mais básico sobre coloidais metálicos, que você encontra em livros escolares, na Wikipédia, Brasil Escola, em material de faculdades sobre química e, esperamos que você entenda de uma vez por todas e veja a quantidade de mentira que pessoas desinformadas contam na internet sobre coloidais, incluindo a própria mídia.

Não precisa ter medo de usar a prata coloidal, apenas use a prata com coloides metálicos e na dosagem correta para seu peso e caso, pois não é para tudo que ela serve.

Vamos lá?



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O QUE SÃO COLOIDES OU DISPERSÕES COLOIDAIS

Thomas Graham (1861) químico escocês de Glasgow



Coloides que em grego Kolla significa cola que se referia às soluções de goma arábica que se apresentavam em estado amorfo gelatinoso que difundia mais lentamente que soluções de sais.

Michael Faraday introduziu o principio da eletrólise, que decompunha materiais e metais com a eletricidade em partículas menores.

Assim coloides são partículas que apresentam uma faixa de tamanho especifico de 1 a 100 nanômetros (que é a milionésima parte do milímetro e pode ser observada em microscópio ultra e não no comum).

Coloide representa o estado intermediário entre uma solução (verdadeira ou iônica com menos de 1 nanômetro) e uma suspensão (que tem acima de 1000 nanômetros).





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O QUE É SOLUÇÃO, DISPERSÃO E SUSPENSÃO?

Vamos aplicar as definições e explicação química diretamente com relação as partículas de prata, ok?



SOLUÇÃO

1 - É uma mistura com sistema homogêneo que recebe o nome de solução verdadeira,

2 - É composta de um solvente (a água que deve ser destilada) e um soluto ( nesse caso a prata com perda de íons com menos de 1 nanômetro, carga positiva). Essa solução, por isso, é transparente.

3 - O soluto da solução de prata não sedimenta sob ação da gravidade e nem sob centrifugação.

4 - Não pode ser separado por filtração .

5 - O soluto da solução de prata “não é visível” no microscópio eletrônico (ultra-) e nem no comum.

6 - Acrescentando alguns grãos de sal comum de cozinha, reage com o cloreto do sal formando cloreto de prata, formando uma névoa esbranquiçada.

7 - Pode estar misturada a uma dispersão coloidal amarela de prata.

8 - Atravessa membranas semipermeáveis como a parede da sua célula, de modo e entrar e ficar retida lá dentro, podendo causar Argyria na pele e necrose de órgãos.

9 – Interage com raios UV e deve ficar em frascos escuros por segurança.

10 – Não possuem movimentos brownianos (explicação em dispersão)





SUSPENSÃO

1 - É uma mistura com sistema heterogêneo composta de partículas acima de 1000 nanômetros. Tem um meio dispersante (solvente) e o disperso (soluto).

2 - No caso da prata, partículas metálicas de prata em pó em meio gelatinoso.

3 - A suspensão de prata sedimenta em presença de gravidade, sob centrifugação,

4 - É visível em microscópio comum,

5 - Separa-se com filtração comum.

6 - Não atravessa membranas semipermeáveis, porém no caso da prata não saí do seu organismo por ter partículas muito grandes e ficar retida externamente nos tecidos.

7 – Interage com raios UV e deve ficar em frascos escuros por segurança.





DISPERSÃO ou dispersão coloidal



1 - São sistemas heterogêneos com partículas dispersas inteiras metálicas sem perda de elétrons ou íons e carregados de eletricidade, no caso da prata com carga negativa.


2 - Apresentam-se em meio Dispersante (solvente, a água destilada) e disperso (soluto, a prata 1000).

- Tem tamanhos de 1 a 100 nanômetros.


3 - Não sedimenta em pela ação da gravidade

• Sedimentam por (ultra) centrifugação. Os coloides também são chamados de dispersões coloidais, onde o disperso só se deposita sob sedimentação forçada em ultra centrífugas. Uma ultracentrifugadora é uma centrifugadora optimizada para atingir velocidades de rotação muito elevadas, capazes de gerar uma aceleração da ordem de 9800 km/s2

                    



4 - Partículas (disperso) não são visíveis em microscópio comum, porém visíveis em microscópio eletrônico (ultra-)


5 - Disperso não é separado por filtração (filtração é quando passa pelo filtro)


6 - Não atravessa membranas semipermeáveis, ou seja, no caso da prata coloidal, não entrará na célula, sendo eliminada pelo seu organismo.


7 - Essas partículas são suficientemente grandes para refletir e dispersar a luz, que o olho humano vê na faixa de cor como amarela no caso da prata coloidal e não é oxidação como os desinformados afirmam em muitas publicações por não conhecerem física óptica.



8 - Os movimentos dos pontos luminosos provocados pelas partículas coloidais são desordenados, devido aos choques que sofrem por parte das moléculas do dispersante por causa da carga elétrica e esse é conhecido como movimento browniano, característicos do coloide verdadeiro. Por isso, as partículas coloidais de pratas e mantem suspensas sem decantar.


                                      



8 - A cor de dispersões coloidais está relacionada com o tamanho das partículas.

Ex: Geralmente, sais coloidais de ouro coloidal têm a cor vermelha, mas quando aumenta a sua dimensão coloidal a cor partícula torna-se azul. Se menor, é amarela. Por ai, vocês já notam que a mentira de que a prata é amarela porque está oxidada é para enganar vocês.


9 – Não interage com raios UV e pode ficar em frascos transparentes ou escuros.


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PREPARARAÇÃO DE COLOIDES METÁLICOS


Métodos físicos:



- Redução química com adição de sais e ácidos. Exemplo de fórmula:

H2Pt(+4)Cl6 ----citrato---- > Pt0


- Oxidação química com adição de sais e ácidos. Exemplo de formula:

Br2 + H2S(-2) S0 + 2 HBr

HNO3 + H2S(-2) H2O + NO2 + S0


- Eletrólise ou Hidrolise (por ser em água) via Arco Voltáico. 





Para outras substâncias há outros métodos


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PROPRIEDADES DOS COLOIDES OU DISPERSÃO COLOIDAL METÁLICA


1 – EFEITO TYNDALL

O efeito óptico provocado pela dispersão da luz nas partículas coloidais, confere um aspecto turvo, chamado de Efeito Tyndall. (uma luz atravessa o liquido e o feixe é visível como uma faixa).


- Permite distinguir as soluções verdadeiras dos coloides (PRATA IÔNICA) , pois as soluções verdadeiras são transparentes e não dispersam a luz. Porém a solução iônica transparente pode estar misturada a uma dispersão coloidal amarela, caso o processo por Eletrolise ou Hidrolise não seja feito conforme as características químicas adequadas.



                                   
                                         Solução Iônica                   Dispersão coloidal



2 - MEMBRANAS SEMIPERMEÁVEIS
 Osmose é o processo em que a água move-se, sem gasto de energia pela célula, do meio menos concentrado para o mais concentrado através de uma membrana seletivamente permeável. A dispersão coloidal não sofre osmose, ou seja, não atravessa membranas semipermeáveis.

3- Pode ser observado em microscópio ultra, mas não em comum.

4- No caso da prata coloidal, ela não decanta mediante o teste do sal comum de cozinha ou cloreto de sódio e nem gera nevoa característica da formação de cloreto de sódio.



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COMO TESTAR SUA PRATA COLOIDAL


TESTE DO CLORETO DE SÓDIO (sal de cozinha comum refinado)

Pegue 30 ml de prata coloidal 20 ppm que você adquiriu, coloque num copo de vidro transparente limpo. Acrescente 10 a 20 grãos de sal de cozinha comum fino (não pode sal rosa, ou sal marinho). Gire o copo suavemente e veja se começa a formar um nevoa branca.

Se sua prata se mantiver amarela, perfeito, se formar uma névoa esbranquiçada significa que houve uma reação química entre a prata iônica que é positiva e o cloreto que é negativo. Eles se uniram formando cloreto de prata que é altamente tóxico para ingestão.


TESTE DA COR

Prata coloidal verdadeira é amarela, translucida e limpa sempre, até 100ppm (somente feita como método com sais). Outra coloração é indicio que pode haver prata iônica ou outros sais de prata. Por mais escura que esteja você vê do outro lado do recipiente.

Se for transparente deve fazer os outros testes e ver o sabor que deve ser amargo ou metálico.



TESTE DO SABOR CONFORME MÉTODO ELETRILÍTICO

1 – À frio: Prata transparente é amarga e com gosto metálico (iônica, - de 1 nanômetro, carga positiva)

2 – Aquecimento constante: Prata pelo método de aquecimento somente, sem sais e sem redutor é pouco amarga e amarela. A cor amarela é devido ao tamanho da partícula. Pode conter prata iônica junto porque não vai redutor de prata iônica.

3 – Frio e quente (mais seguro): Prata pelo método com sais e redutor de prata iônica é suavemente amarga ou, normalmente, sem gosto algum (lembrando sabor da água fervida), conforme a quantidade de partículas (método que garante a eliminação da prata iônica pelo método Lee– Método de Meisel).


QUALQUER UM DOS TESTES FALHANDO HÁ ALGO ERRADO COM SUA PRATA.








Variação das cores dos coloides